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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Astrofísica: Nasa quer construir sondas autônomas com inteligência artificial



O objetivo é que as espaçonaves possam operar sem instruções da Terra e aprendam conforme vão descobrindo novas informações sobre o objeto de estudo


Adicionar inteligência artificial a sondas para enviá-las ao espaço parece uma ideia excelente para a Nasa – e, segundo a agência espacial americana, seus pesquisadores já estão focados em descobrir como tornar isso realidade. Em um artigo publicado na última semana na revista Science Robotics, os cientistas Steve Chien e Kiri Wagstaff, ambos do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, nos Estados Unidos, discutem os benefícios que a tecnologia poderia trazer para as explorações espaciais. Segundo os autores, se a aplicação da inteligência artificial fosse bem-sucedida, as máquinas poderiam operar sem precisar esperar as instruções de humanos aqui na Terra. Isso, além de economizar tempo, é importante quando enviamos sondas para as partes mais desconhecidas e misteriosas do sistema solar, onde o sinal pode não funcionar tão bem quanto o esperado. Além disso, os cientistas também esperam que as espaçonaves possam aprender conforme vão fazendo novas descobertas, adaptando-se aos diferentes cenários e aprimorando seus conhecimentos além dos mais tecnológicos telescópios disponíveis hoje em dia.

“Ao tomar suas próprias decisões de exploração, espaçonaves robóticas podem conduzir as investigações científicas tradicionais de maneira mais eficiente e até alcançar observações que seriam impossíveis de outra forma”, escrevem os autores. Um exemplo que eles dão é que a inteligência artificial pode diferenciar uma tempestade das condições climáticas normais de um planeta distante – o que faria as medições muito mais úteis para os cientistas aqui na Terra. Assim como algumas aplicações da inteligência artificial já conseguem, por exemplo, reconhecer rostos em uma foto, uma sonda viajante com essa tecnologia poderia distinguir gelo de neve, ou água corrente de água parada, possibilitando importantes descobertas em planetas distantes e, inclusive, ajudando na busca por uma possível vida fora da Terra. Os autores do artigo sugerem que as sondas com inteligência artificial poderiam alcançar distâncias superiores a 4,24 anos-luz do nosso planeta (cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros), além do sistema estrelar Alpha Centauri. A essa distância, dizem os cientistas, a comunicação só seria recebida pela geração seguinte à dos pesquisadores que lançaram a nave. Por isso, fornecer à máquina uma “mente própria”, ou os instrumentos necessários para tomar decisões rápidas, facilitaria o processo. O robô Mars Curiosity, que explora os terrenos de Marte, é um exemplo de inteligência artificial que já está sendo aplicada na investigação espacial, ainda que em proporções menores do que a nova proposta dos cientistas. A sonda possui um software de bordo que ajuda a escolher alvos promissores para serem analisados pela ChemCam, um dispositivo que estuda rochas e outros elementos geológicos do planeta vermelho.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Astrofísica: Planeta ‘Dez’? Novo astro pode estar nos limites do sistema solar

Órbita do “planeta 10” (Heather Roper/LPL/Divulgação)

Segundo os cálculos do estudo, objeto celeste teria a massa entre a de Marte e a da Terra


O sistema solar pode ter mais um planeta, além do já conhecido candidato à Planeta Nove, afirmam duas astrofísicas do Laboratório Planetário e Lunar Universidade do Arizona, nos Estados Unidos. Kat Volk e Renu Malhotra identificaram um grande desiquilíbrio nas órbitas de objetos celestes do Cinturão de Kuiper, localizados após a órbita de Netuno (o planeta mais distante do Sol). Segundo os cálculos das cientistas, apenas um objeto planetário com a massa entre a de Marte e a da Terra poderia causar a anomalia. Uma versão preliminar do estudo que descreve a proposta está disponível no site da universidade, e deve ser publicado em breve na revista científica The Astronomical Journal. De acordo com a dupla, o novo planeta seria mais um, além do provável Planeta Nove.

Planeta Dez - As pesquisadoras encontraram evidências de um décimo planeta quando estudavam mais de 600 objetos no Cinturão de Kuiper, uma região nos limites do sistema solar. A maioria desses corpos celestes, chamados KBOs (sigla em inglês para Kuiper Belt Object), tem um plano de órbita que se assemelha ao dos oito planetas do sistema solar. No entanto, Kat e Renu constataram que alguns deles tinham uma inclinação orbital estranha, com uma diferença de oito graus do esperado. “A explicação mais provável para o que encontramos é que existe uma massa nunca observada na região. De acordo com nossos cálculos, seria necessário algo tão massivo como Marte para causar a deformidade que medimos”, disse Kat Volk, em um comunicado da Universidade do Arizona. Segundo as astrofísicas, os planos orbitais desses KBOs seriam como piões sobre uma mesa que tiveram suas inclinações levemente alteradas. “Imagine que você tem muitos piões girando rápido e dá a cada um deles um ligeiro empurrão”, afirma Renu. Os piões ficariam um pouco tombados, sem parar de rodar, mas estariam todos apontando para o mesmo plano. “Acreditamos que cada ângulo de inclinação orbital dos KBOs esteja em uma orientação diferente, mas no geral, eles estariam apontando perpendicularmente ao plano determinado pelo Sol e pelos grandes planetas”, completa.

O suposto Planeta “Dez” estaria a 60 UA (unidades astronômicas) do Sol – cada unidade astronômica equivale a aproximadamente 150 milhões de quilômetros –, ou cerca de 9 bilhões de quilômetros de distância, e poderia influenciar a órbita de objetos em um raio de até 10 UA, ou 1,5 bilhões de quilômetros ao redor. Como o Planeta Nove estaria bem mais afastado, entre 32 bilhões a 160 bilhões de quilômetros de distância da Terra, ele não poderia ser o responsável pelas alterações nos KBOs daquela região. As autoras afirmam que o que causa essas distorções pode ser um corpo planetário — um planeta, por definição, não pode ter corpos menores como os KBOs em sua órbita, como ocorre neste caso. A proposta sugere, ainda, que pode existir mais de um desses corpos por trás das estranhas inclinações.

Planeta misterioso - De acordo com alguns cientistas, a hipótese ainda precisa ser melhor embasada. Para o astrônomo Konstantin Batygin do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech, em inglês), que participou do estudo que propôs a existência do Planeta Nove, ainda é muito cedo para se afirmar a existência de um décimo planeta. “É plausível que um corpo como Marte exista nessa região, mas o fato dele ainda não ter sido observado é um problema”, disse ao Gizmodo. Para Batygin, pesquisas observacionais como Catalina, e Pan-STARSS, que têm a participação da Nasa, já deveriam ter sido capazes de identificar um objeto como este no Cinturão de Kuiper. Para as astrofísicas, uma possível explicação para este objeto não ter sido encontrado até hoje é que o céu ainda não foi completamente vasculhado em busca de objetos nas fronteiras do sistema solar. Além disso, ele pode ser ofuscado pelo brilho de galáxias distantes, que não permitem que seja visto pelos instrumentos astronômicos atuais. A esperança das cientistas em visualizar e comprovar a existência do suposto corpo planetário está no Large Synoptic Survey Telescope (LSST), um telescópio de 8,4 metros que está sendo construído no Chile e, em cinco anos, será capaz de mapear todo o céu visível. “Esperamos que o LSST eleve o número de KBOs dos atuais 2.000 para 40.000. Existem muito mais KBOs, só não os vimos ainda. Alguns deles estão muito distantes e ofuscadas até para o LSST visualizar, mas como esse novo telescópio vai cobrir o céu de de forma mais abrangente que as atuais pesquisas, ele deve detectar esse objeto, se ele existir.”, afirmou Renu.

Ilustração do possível Planeta Dez (Heather Roper/LPL/Divulgação)

Astrofísica: Meteorito raro de 4,5 bilhões de anos é encontrado na Holanda

O fragmento é o sexto meteorito encontrado na Holanda (Koen van Weel/ANP/AFP)

Pesquisadores afirmam que a rocha, descoberta por moradores após ter atravessado o teto de um alpendre, veio de uma região situada entre Marte e Júpiter


Cientistas holandeses anunciaram a descoberta de um meteorito com 4,5 bilhões de anos nesta segunda-feira. Segundo eles, o fragmento rochoso poderia conter indícios preciosos relativos à criação do sistema solar, já que a Terra tem, aproximadamente, a mesma idade do meteorito. “Ele provavelmente veio de um pequeno planetoide que foi atingido por outro planetoide, explodiu e os fragmentos vieram parar na Terra”, declarou o geólogo Leo Kriegsman, do Centro de Biodiversidade Naturalis de Leiden, em um vídeo publicado no Youtube. O pesquisador estimou que o meteorito provém da região que se estende entre Marte e Júpiter, onde há um grande cinturão de asteroides, com “muitas rochas e pequenos planetas”, que às vezes saem das suas órbitas.

Com o tamanho de um punho fechado e cerca de 500 gramas, o meteorito atravessou com grande velocidade (até 20 quilômetros por segundo) o teto de um alpendre na pequena cidade de Broek, ao Norte de Amsterdã, a capital holandesa, em janeiro. “Mas, antes de atingir a atmosfera da Terra, [o meteorito] provavelmente era 10 ou 20 vezes maior do que agora”, afirmou Kriegsman. Segundo o cientista, foi necessário realizar muitos testes com a rocha, antes que o Centro de Biodiversidade de Leiden revelasse que se trata, realmente, de um meteorito. “Queremos estar 100% seguros da ‘espécie’ do meteorito, e por isso primeiro devemos realizar pesquisas”, explicou.


Queda de meteoritos Os pesquisadores realizaram buscas intensas, mas não foram encontrados outros fragmentos deste meteorito, descoberto por moradores do local. Segundo o líder da equipe, a cada quatro anos, pelo menos um meteorito cai no país. Ainda assim, as pequenas rochas são muito difíceis de encontrar e apenas seis delas, contando com a mais recente, foram descobertas na Holanda nos últimos 200 anos. Assista ao vídeo de divulgação feito pelo centro de pesquisa em Leiden (em inglês):



(Com AFP)

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Astrofísica: Nasa descobre 219 novos planetas – 10 podem ser como a Terra

Telescópio espacial Kepler identificou 219 possíveis exoplanetas (JPL-Caltech/Nasa)

Os dados são do telescópio Kepler, que busca candidatos a planetas fora do sistema solar. Dez desses possíveis planetas têm tamanho parecido com o da Terra


O telescópio espacial Kepler identificou 219 novos candidatos a planeta fora do sistema solar. Segundo o catálogo divulgado pela Nasa nesta segunda-feira, dez deles têm o tamanho parecido com o da Terra e orbitam a zona habitável de suas estrelas, ou seja, a uma distância tal que permite a existência de água líquida, condição essencial para o surgimento de vida. Segundo a agência espacial americana, os novos dados são fundamentais para encontrar e determinar quantas “Terras” teríamos em nossa galáxia e assim, ajudar na busca de condições favoráveis para a vida extraterrestre.

Este é o oitavo catálogo de candidatos a exoplanetas (nome dado aos planetas que orbitam estrelas diferentes do Sol), identificados por Kepler e divulgado pela Nasa desde o início da missão. Ele foi feito a partir de dados coletados durante os quatro primeiros anos de atividade do telescópio, de 2009 a 2013. Neste período, o equipamento captou informações da região da constelação do Cisne, no hemisfério celestial norte. Segundo os astrônomos da agência espacial americana, o novo catálogo de exoplanetas é o mais “compreensível e detalhado” já feito. Com estas novas informações, são 4.034 possíveis planetas já identificados pelo Kepler, o mais potente “caçador” de exoplanetas criado pelos astrônomos. Desses, 2.335 foram verificados como exoplanetas de fato. Dos cerca de 50 candidatos a planetas parecidos com a Terra, mais de 30 foram confirmados com o auxílio de outros equipamentos de observação.

Kepler - Para encontrar os planetas, o telescópio espacial volta suas lentes para as estrelas da Via Láctea, buscando por um fenômeno chamado trânsito. Como os próprios planetas não possuem brilho, cada vez que o instrumento capta uma diminuição da luminosidade da estrela, significa que algum objeto está passando na frente dela. Assim, ao captar uma sombra na luz da estrela, Kepler identifica um possível planeta. Estudos feitos com dados de Kepler indicam duas populações bem distintas de planetas localizados fora do sistema solar, uma de astros rochosos com o tamanho da Terra e outra de gasosos menores que Netuno (Netuno tem quatro vezes o diâmetro da Terra e 17 vezes mais massa). Além disso, aproximadamente metade dos planetas identificados ou não tem superfície ou ela está sob uma atmosfera muito densa, o que tornaria improvável a presença de vida. “O conjunto de dados obtidos por Kepler é único, pois só ele traz uma população de planetas análogos à Terra — planetas com aproximadamente o mesmo tamanho e órbita da Terra. Compreender a frequência desses astros na galáxia irá ajudar a orientar futuras missões da Nasa para encontrar diretamente outra Terra”, disse o astrofísico da Nasa, Mario Perez, em comunicado. (Fonte:Veja)

terça-feira, 13 de junho de 2017

Astrofísica: A estrela gigante que desapareceu

Imagens do telescópio Hubble que mostram a luminosidade emitida pela estrela, em 2007, e seu "desaparecimento", em 2015. (Hubble/Nasa)

Ao contrário do esperado, a estrela não explodiu em supernova antes de virar buraco negro. Fenômeno pode ajudar a decifrar origens de grandes buracos negros


Pela primeira vez, cientistas testemunharam uma estrela gigante que, ao contrário do previsto, não explodiu em uma luminosa supernova antes de se tornar um buraco negro. O colapso da estrela, com massa de 25 vezes a do Sol e localizada a 22 milhões de anos-luz de distância (cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros), aconteceu “silenciosamente” e pode ajudar a explicar por que há no universo há um número menor de supernovas vindas de estrelas massivas do que o previsto. Além disso, o fenômeno também deve fornecer dados para que os astrônomos compreendam como se dá a formação de buracos negros massivos (com cerca de 30 massas solares), como os detectados pelo Observatório Interferométrico de Ondas Gravitacionais (LIGO).

“Não é óbvio que uma estrela massiva se torne uma supernova – processo que envolve a eliminação da maior parte de suas camadas exteriores – e ainda tenha massa suficiente sobrando para formar um buraco negro massivo na escala daqueles que são detectados pelo LIGO”, afirmou Krzysztof Stanek, professor de astronomia da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo sobre a estrela, publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. “Suspeito que é mais fácil que um buraco negro muito massivo surja sem a existência de supernovas.”

O desaparecimento da estrela - A equipe de astrônomos da Universidade Estadual de Ohio estava monitorando um conjunto de galáxias, entre elas a NGC 6946, chamada “Galáxia dos Fogos de Artifício” por exibir uma alta taxa de supernovas (nome dado à explosão de estrelas com dez vezes ou mais a massa do Sol, relativamente rara em uma galáxia). O objetivo das observações era descobrir por que razão há menos detecções de supernovas com origem em estrelas massivas que o previsto.

Ilustração do desaparecimento da estrela N6946-BH1, virando um buraco negro (Ilustração/Nasa)


Em 2009, a estrela N6946-BH1, na “Galáxia dos Fogos de Artifício”, começou a demonstrar uma luminosidade fraca e, em 2015, parecia ter desaparecido. Os pesquisadores, que estavam usando os dados do Large Binocular Telescope (LBT), operado por uma colaboração internacional de cientistas, buscaram a confirmação em informações captadas pelos telescópios Hubble e Spitzer, da Nasa, para tentar descobrir se a estrela tinha realmente desaparecido ou apenas estava com luminosidade quase imperceptível. Não detectaram qualquer traço da estrela, o que indica que ela se tornou um buraco negro. “Essa estrela é a única que, possivelmente, fracassou em se tornar uma supernova em sete anos de monitoramento. Durante esse período, observamos o surgimento de seis supernovas, o que sugere que 10% a 30% das estrelas massivas desaparecem sem se tornarem supernovas”, explicou Scott Adams, um dos autores do estudo. Os astrônomos pretendem continuar as observações para recolher mais dados, para verificar se o fenômeno é relativamente comum no universo.
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